O Brasil vive um momento muito delicado em relação à questão ambiental, com a possível aprovação do projeto de lei 1876/99 que modifica o código florestal brasileiro, Lei federal 4771, criada em 1965, um patrimônio da sociedade brasileira e uma referencia internacional no que diz respeito à legislação ambiental.
Políticos influenciados por ruralistas sem a mínima visão de futuro, propõem mudanças na lei 4771, alegando que o código florestal limita o desenvolvimento do agronegócio; Ora meus amigos todos sabem que o agronegócio é um dos responsáveis pela grave degradação ambiental no Planeta.
As mudanças propostas no projeto de lei são: quem desmatou até 2008 será anistiado e não precisara recuperar a área degradada, quem tiver propriedade até quatro módulos rurais não precisará ter reserva legal, a diminuição das APPs, áreas de preservação permanentes, diminuindo as matas ciliares que hoje é de trinta metros para quinze metros, assim expondo os recursos hídricos.
A autorização para que estados e municípios legislem sobre o código florestal, é o grande retrocesso deste projeto de lei, todos sabemos que os gestores públicos são facilmente influenciados pela força do dinheiro e do voto.
Portanto, devemos refletir e reagir, será que quem tem o poder de propor mudanças no código florestal brasileiro, tem a consciência necessária para uma decisão tão complexa, que pode causar impactos irreversíveis ao meio ambiente.
Somente quando o homem derrubar a última árvore, pescar o último peixe e secar o último rio, é que percebera que não comemos dinheiro. Sabedoria indígena.
JANIO ALBERTO LIMA
PRESIDENTE DA ONG WW BRASIL