segunda-feira, 19 de novembro de 2012

A Odisseia dos Verdes no Estado do RS



               Encerrada a contenda eleitoral neste segundo turno, nosso Estado a exemplo do país, apresenta a sua população os candidatos vitoriosos que irão dirigir suas comunidades nos próximos quatro anos.
                   Mais uma vez nossa Justiça Eleitoral deu uma demonstração ao PLANETA de sua competência, lisura e imparcialidade, foi na verdade uma aula de civismo.
                   Os Partidos Políticos, uns mais consistentes outros de menor expressão, participaram ativamente de todo este processo, não poderia deixar de ser com o Partido Verde o qual nesta eleição deu um salto de qualidade em nosso Estado, passando de três vereadores para oito novos edis e um Prefeito Municipal (Paulo Bento-RS). No Brasil tínhamos setenta e cinco (75) chefes de Executivos Municipais, e passamos para noventa e seis (96), portanto em um universo de vinte e seis (26) partidos que elegeram Prefeitos Municipais no País, o Partido Verde ficou na 12ª colocação, havendo, portanto um crescimento de mais de 20% (vinte por cento).
                   O PV em Porto Alegre, não foi feliz em sua plenitude com o resultado obtido, não nos cabe debitar a quem quer que seja das razões do insucesso eleitoral, cabe, pois a referida agremiação um sério exame sobre as razões do ocorrido, será que foi pela aliança com a Majoritária? Ou com a Proporcional? Ou mesmo com o direcionamento do voto a um único candidato, colocando os demais como simples coadjuvantes, ou talvez pela inesperada destituição do Ex-Presidente Carminatte e sua Diretoria? Cabe pois, uma profunda reflexão.
                   Muito embora o esforço descomunal da Executiva Municipal de Porto Alegre, e sua Coordenadoria, não obtiveram êxito em suas pretensões a qual seria de eleger um Vereador para a Câmara Municipal da Capital, pois se isto não ocorreu todos os “verdes” tem culpa em cartório, faltou, pois mais questionamentos e transparência nas ações.
                   Temos por dever de ofício num primeiro momento cumprimentar a Executiva Nacional do Partido Verde, da mesma forma a Direção Estadual e todas as Executivas Municipais do Rio Grande os quais deram tudo de si para chegarem ao Podium, mas a nível estadual temos que nos curvar ao denodo e competência do Diretório Municipal de Gravataí, o qual se fez valer elegendo dois vereadores para aquela Câmara.
                   Nesta última eleição os candidatos a Prefeitura Municipal de nossa Capital e até Vereadores elegeram o “meio ambiente” como “glamour” de suas campanhas, foi na verdade uma apoteose falar em “sustentabilidade”, todos, em constantes programas, falaram e falaram sobre os cuidados para com a natureza, houve candidatos que até conseguiram gravar vídeos com a Ex-PT, Ex-Senadora, Ex-Ministra do Meio a Ambiente, Ex-Candidata a Presidente de República e Ex-PV, mas tudo foi em vão, valeu a intenção, mas não surtiu o efeito desejado, de vez que faltou credibilidade política a Dona Marina.
                   A nosso modo de ver o Partido Verde deverá reunir-se com urgência ao menos duas vezes por ano e a partir do próximo exercício proporcionar três encontros a nível estadual para ABRIL, JUNHO E AGOSTO, NOS ÚLTIMOS SÁBADOS DE CADA MÊS, a fim de preparar a nominata para o embate de 2014, bem como trocar ideias e promover ações concretas para que as vitorias conquistadas no Estado, sejam na verdade uma mola propulsora para as eleições que estarão logo ali, daí sim, com candidatura própria para a Eleição Majoritária (Governo e Senado), e nominata completa para as proporcionais, tanto para a Câmara dos Deputados como para Assembleia Legislativa.
                   Para os Verdes do Rio Grande, a bandeira que deverá tremular por todos os cantos de nosso Estado estará voltada para a proibição do uso indevido de agrotóxicos altamente poluentes e nocivos em lavouras e pomares, cuidados especiais para com os animais domésticos e não domesticados, aproveitamento do lixo em sua plenitude, criando em cada município a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, muita atenção para o desmatamento e assoreamento dos rios, implantação de mais torres para produção de energia eólica, equilíbrio e responsabilidade para o uso doméstico e industrial da água, consumo de combustível limpo para movimentação de máquinas e motores, diminuindo o alto índice de poluição, ampliação do Catamarã para o transporte de passageiros em diversos pontos da zona sul de nossa Capital, o que desafogaria este trânsito maluco, agilizar a construção e a trafegabilidade do aeromóvel, aumentar a  implantação das ciclovias, observando sempre locais adequados para o uso de bicicletas, e tantas outras ações que possam contribuir para que nosso Estado ofereça um exemplo ao Brasil dos cuidados reais para com sua sustentabilidade.
                   E a descriminalização da maconha para fins medicinais, notícia tão propalada por toda a imprensa nacional, sendo uma proposta desposada pelo Ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso, vamos deixar de lado a hipocrisia, que se enfrente o problema, sem sobressaltos e com muita discussão fundamentalmente no meio científico nacional.
                   E a implantação de USINAS DE PRODUÇÃO DE ÁLCOOL combustível, em regiões onde o zoneamento agrícola proporcione condições para o cultivo deste gramínea (cana de açúcar), traria mão de obra, desenvolvimento sustentável, e uma infinidade de possibilidade de uso de seus subprodutos oriundos da mesma.
                   A semente esta plantada, esperamos uma germinação sadia, forte e cheia de projetos voltados para os cuidados que o ser humano deve ter para com o “Meio Ambiente”.

José Delmar Siveira de Araujo
Vice-Presidente do DM/PV/POA/RS
Cel: 051 9218.6446