PEÇO PERDÃO A TODOS OS MEUS AMIGOS, MAS NÃO POSSO SAIR DO PARTIDO VERDE.
Os meus Verdes de todas as cores estão me perguntando se sairei do Partido Verde.
Respondo: JAMAIS SAIREI.
(as pessoas, para o bem ou para o mal, são sempre as mesmas em qualquer Partido Político).
Ainda no 4.º ano consecutivo do Penna na Direção do Partido, votei contra a continuidade dele.
Perdi.
E mais. Perdi a Direção da Executiva Estadual do RS e todas as possibilidades de concorrer aos cargos políticos de maior relevância do Estado.
Mas e daí...sinto que o grande Inconsciente Coletivo tem me amparado nessa vida.
Interessante que todos esses, daquele tempo, agora estão saindo do Partido.
Perdi até o cargo de Conselheiro Nacional, isso por influência de meus próprios partidários daqui, imaginem.
E acho que Penna está agindo exatamente como todos os Verdes permitiram durante todo esse tempo.
Sempre o reelegeram e ele ...kkk...aceita, é claro.
Mas vou lhes dizer uma coisa.
Gosto dele.
Ele é profundamente humano. Parceiro. Aceita conselhos (tanto que ele sempre me tirou, ainda que chateado, a conselho até dos meus Verdes daqui).
Mas ele sabe. Procuro ser sempre muito leal ao Partido apesar de tudo.
Jamais encontrarei a possibilidade de vislumbrar a doutrina e os conceitos de NORBERTO BOBBIO em outro partido político.
De não ter que ser de Direita, Centro ou de Esquerda, mas a frente de todos esses tempos políticos.
Leiam um pouco sobre ele.
De amar a Vida e a Natureza como uma forma fantástica de amar a Deus sobre todas as coisas.
De andar de cabeça erguida na rua, amando e sendo amado por todos os Gaúchos e Gaúchas, mesmo os apartidários.
E isso me deixa todo exibido, altaneiro, confiante de que ainda iremos trazer toda a humanidade para essa forma de pensar.
Aprendi que, enquanto o prazer for maior do que a dor, ninguém muda alguma coisa.
Sou Biólogo, Advogado e, em setembro, Psicanalista.
Ainda ontem ouvi algo interessante numa desses encontros:
"Quanto mais o homem procura o prazer, mais se aproxima da morte".
Então, tudo deve ser equilibrado.
Tirar o Penna ( se esse for o caso, é fácil, basta os Verdes quererem, pois tudo podemos naquele que nos fortalece, né?).
Mas tirar o Penna...só por tirar, se nada fazermos para substituí-lo a contento?
Sei lá...permaneço Verde.
Um abraço a todos os meus Verdes que vão e que ficam.
Cada um tem que procurar seu destino do melhor modo possível para ser feliz sem prejudicar os demais.
Boa sorte a todos nós. Merecemos.
Nélson Vasconcelos
Militante Verde do Rio Grande do Sul.
sábado, 9 de julho de 2011
quinta-feira, 7 de julho de 2011
Executiva Nacional do Partido Verde emitiu uma nota de esclarecimentos sobre desfiliação de Marina Silva
Depois do anúncio da desfiliação da ex-senadora Marina Silva, do Partido Verde, na tarde desta quinta-feira (7), a Executiva Nacional do Partido Verde emitiu uma nota de esclarecimentos.
Leia o documento na íntegra:
O Partido Verde e sua candidata, Marina Silva, fizeram nascer em milhões de brasileiros a ideia de que uma terceira via era possível. Uma alternativa consistente ao quadro simplista que nos era apresentado, de um Brasil com apenas duas portas que poderiam ser abertas em direção ao futuro.
A luta em prol de uma sociedade equilibrada e justa do ponto de vista social e ambiental está e continuará no cerne das preocupações do Partido Verde. Por essa luta, esforços foram empreendidos e dificuldades iniciais superadas. O Partido Verde tem como marca teses avançadas e pioneiras, que sempre abrangeram, além da questão ambiental, o apoio à luta das minorias e a defesa de temas como a união homoafetiva e a descriminalização do aborto e das drogas, entre outros.
Com generosidade e respeito às diferenças, para receber Marina Silva sem quaisquer freios, estabelecemos a cláusula de consciência, que permite que filiados explicitem suas posições pessoais em relação a itens do programa partidário em face de convicções religiosas. Foi alterado também o número de membros da Executiva do partido, de maneira a abrir espaço a vozes diretamente ligadas à candidata.
Também fomos o partido que lançou o maior número de candidatos aos governos estaduais com o objetivo de consolidar a candidatura presidencial, o que dificultou o fortalecimento da nossa bancada federal, que baixou de 15 para 14 deputados.
Não podemos nos furtar, todavia, a expressar nossa posição sobre a situação que gerou a polêmica em torno da saída de Marina Silva de nosso partido. Consideramos que estamos passando por nossa primeira grande crise de crescimento. O Partido Verde e suas lutas, entretanto, são maiores do que qualquer pessoa.
Deve ser dito que não nos recusamos, em momento algum, a efetivar aperfeiçoamentos nas regras que moldam o funcionamento de nosso partido. Estão programadas atualizações programáticas e elas ocorrerão no tempo oportuno dos verdes e como decorrência de amplo debate interno e com a sociedade, não da imposição de grupos determinados que integram o partido.
O Partido Verde lamenta muito essa falsa polêmica artificialmente inflada sobre a falta de democracia interna, que tem gerado distorções injustas na imprensa brasileira. Continuaremos sempre abertos para receber em nossas fileiras pessoas que entendem que a luta pelo coletivo é muito mais relevante do que a luta pelo individual.
Os signatários deste documento veem no Partido Verde um instrumento cuja existência só faz sentido na medida em que sirva para transformar concretamente a realidade, mediante a ampliação da democracia e da equidade social.
E mantêm os seguintes compromissos:
1. Preparar o partido para a atualização estatutária e programática, a ser aprovada em convenção nacional que será realizada em março de 2012;
2. Mobilizar o partido para responder da forma devida aos principais temas em pauta no país, como a reforma política e a reforma tributária, assim como para enfrentar a pressão por retrocessos na legislação florestal e pela implantação de novas usinas nucleares, entre vários outros assuntos importantes que poderiam ser citados;
3. Preparar o partido para as eleições municipais, estimulando candidaturas próprias, especialmente nos municípios onde houver dois turnos de votação;
4. Promover o recadastramento dos filiados, simultaneamente a uma grande campanha nacional por novas filiações.
Leia o documento na íntegra:
O Partido Verde e sua candidata, Marina Silva, fizeram nascer em milhões de brasileiros a ideia de que uma terceira via era possível. Uma alternativa consistente ao quadro simplista que nos era apresentado, de um Brasil com apenas duas portas que poderiam ser abertas em direção ao futuro.
A luta em prol de uma sociedade equilibrada e justa do ponto de vista social e ambiental está e continuará no cerne das preocupações do Partido Verde. Por essa luta, esforços foram empreendidos e dificuldades iniciais superadas. O Partido Verde tem como marca teses avançadas e pioneiras, que sempre abrangeram, além da questão ambiental, o apoio à luta das minorias e a defesa de temas como a união homoafetiva e a descriminalização do aborto e das drogas, entre outros.
Com generosidade e respeito às diferenças, para receber Marina Silva sem quaisquer freios, estabelecemos a cláusula de consciência, que permite que filiados explicitem suas posições pessoais em relação a itens do programa partidário em face de convicções religiosas. Foi alterado também o número de membros da Executiva do partido, de maneira a abrir espaço a vozes diretamente ligadas à candidata.
Também fomos o partido que lançou o maior número de candidatos aos governos estaduais com o objetivo de consolidar a candidatura presidencial, o que dificultou o fortalecimento da nossa bancada federal, que baixou de 15 para 14 deputados.
Não podemos nos furtar, todavia, a expressar nossa posição sobre a situação que gerou a polêmica em torno da saída de Marina Silva de nosso partido. Consideramos que estamos passando por nossa primeira grande crise de crescimento. O Partido Verde e suas lutas, entretanto, são maiores do que qualquer pessoa.
Deve ser dito que não nos recusamos, em momento algum, a efetivar aperfeiçoamentos nas regras que moldam o funcionamento de nosso partido. Estão programadas atualizações programáticas e elas ocorrerão no tempo oportuno dos verdes e como decorrência de amplo debate interno e com a sociedade, não da imposição de grupos determinados que integram o partido.
O Partido Verde lamenta muito essa falsa polêmica artificialmente inflada sobre a falta de democracia interna, que tem gerado distorções injustas na imprensa brasileira. Continuaremos sempre abertos para receber em nossas fileiras pessoas que entendem que a luta pelo coletivo é muito mais relevante do que a luta pelo individual.
Os signatários deste documento veem no Partido Verde um instrumento cuja existência só faz sentido na medida em que sirva para transformar concretamente a realidade, mediante a ampliação da democracia e da equidade social.
E mantêm os seguintes compromissos:
1. Preparar o partido para a atualização estatutária e programática, a ser aprovada em convenção nacional que será realizada em março de 2012;
2. Mobilizar o partido para responder da forma devida aos principais temas em pauta no país, como a reforma política e a reforma tributária, assim como para enfrentar a pressão por retrocessos na legislação florestal e pela implantação de novas usinas nucleares, entre vários outros assuntos importantes que poderiam ser citados;
3. Preparar o partido para as eleições municipais, estimulando candidaturas próprias, especialmente nos municípios onde houver dois turnos de votação;
4. Promover o recadastramento dos filiados, simultaneamente a uma grande campanha nacional por novas filiações.
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Atmosfera e massa crítica
Pior que o frio que estamos sentindo, no sul, é o das pessoas que tem menos condições de enfrentá-lo. A solidariedade de cada um de nós e das instituições sociais, nessas horas, é fundamental. Mas há quem veja nisso a oportunidade de uma provocação, como a de Aldo Rebelo esta semana, no twitter: “frio aqui hein? Cadê a turma do aquecimento global?”. Não mereceria resposta, se fosse só por ele, mas infelizmente ainda existem pessoas sérias que tem esse tipo de dúvida. O que os cientistas explicam é que se trata de um desequilíbrio climático no qual além das temperaturas médias aumentarem gradativamente, também aumenta a amplitude das variações de temperatura, que podem atingir os extremos opostos. Assim é que recordes de calor e de frio tem sido batidos, nos dois hemisférios, a cada verão e inverno, causando mortes pelos picos de frio e pelos de calor.
A atmosfera terrestre é bem descrita como sendo uma “fina e frágil casquinha” (com apenas cerca de 100 quilômetros acima da crosta) que protege as condições únicas para a vida humana nesse planeta, como em nenhum outro conhecido. Não suportaríamos as variações brutais de temperatura que são comuns por exemplo em Marte, onde na região equatorial a temperatura é de 25 graus Celsius no início da tarde, cai para 50 graus negativos no começo da noite e atinge -70 graus Celsius à meia-noite. Ou na Lua, onde a temperatura varia de -153ºC à noite a +107ºC durante o dia, conforme dados obtidos pela NASA. A atmosfera protege a vida na Terra absorvendo a radiação ultravioleta solar e ao mesmo tempo aquecendo a superfície por meio da retenção de calor, entre outras mediações com o expaço exterior que reduzem os extremos de temperatura entre o dia e a noite. Os danos à atmosfera, portanto, comprometem o frágil equilíbrio das condições das quais depende a nossa vida.
Por falar em condições fisico-químicas, há um conceito científico, o de “massa crítica”, que se tornou uma metáfora sociológica. A massa crítica de um material fissionável é “a quantidade necessária para manter uma reação nuclear em cadeia autosustentada”. Esse termo virou símbolo de quantidade de pessoas necessárias para as mudanças sociais sustentadas, quer dizer, consistentes e duráveis. Conceito que se aplica à nossa realidade política, onde deputados e senadores se mostram “descolados” dos que os elegeram, legislando em causa própria. Os políticos tem uma escolha a fazer: apostar na inteligência da população, ou na sua ignorância. A conta não vem na mesma hora, pode levar anos para chegar. Mas se olharmos para a história dos partidos políticos, nas últimas décadas, veremos que eles não passaram incólumes às suas incoerências. Estamos longe de um cenário ideal, mas lembro claramente de como era há algumas décadas, dos “grandes partidos” que sucumbiram à sua falta de compromisso com a população.
A tão decantada “reforma política” não terá efeitos sem uma mudança cultural. Um debate interessante na internet sobre “valor de rede e massa crítica” observa que “massa crítica não é o número de participantes de uma comunidade, mas sim, a quantidade de atividade entre seus membros, o número de interações durante um certo período, em que a partir daí, a quantidade de atividade cresce de forma natural. Por isso é muito importante contar com um grupo bem ativo, mesmo que pequeno, no início da construção de uma comunidade, para que a massa crítica seja atingida mais rapidamente”. Para a crise política nacional, mais que a mudança de leis, é bem vinda a “massa crítica” a partir de uma opinião pública mais atuante.
COMPORTAMENTO Montserrat Martins
A atmosfera terrestre é bem descrita como sendo uma “fina e frágil casquinha” (com apenas cerca de 100 quilômetros acima da crosta) que protege as condições únicas para a vida humana nesse planeta, como em nenhum outro conhecido. Não suportaríamos as variações brutais de temperatura que são comuns por exemplo em Marte, onde na região equatorial a temperatura é de 25 graus Celsius no início da tarde, cai para 50 graus negativos no começo da noite e atinge -70 graus Celsius à meia-noite. Ou na Lua, onde a temperatura varia de -153ºC à noite a +107ºC durante o dia, conforme dados obtidos pela NASA. A atmosfera protege a vida na Terra absorvendo a radiação ultravioleta solar e ao mesmo tempo aquecendo a superfície por meio da retenção de calor, entre outras mediações com o expaço exterior que reduzem os extremos de temperatura entre o dia e a noite. Os danos à atmosfera, portanto, comprometem o frágil equilíbrio das condições das quais depende a nossa vida.
Por falar em condições fisico-químicas, há um conceito científico, o de “massa crítica”, que se tornou uma metáfora sociológica. A massa crítica de um material fissionável é “a quantidade necessária para manter uma reação nuclear em cadeia autosustentada”. Esse termo virou símbolo de quantidade de pessoas necessárias para as mudanças sociais sustentadas, quer dizer, consistentes e duráveis. Conceito que se aplica à nossa realidade política, onde deputados e senadores se mostram “descolados” dos que os elegeram, legislando em causa própria. Os políticos tem uma escolha a fazer: apostar na inteligência da população, ou na sua ignorância. A conta não vem na mesma hora, pode levar anos para chegar. Mas se olharmos para a história dos partidos políticos, nas últimas décadas, veremos que eles não passaram incólumes às suas incoerências. Estamos longe de um cenário ideal, mas lembro claramente de como era há algumas décadas, dos “grandes partidos” que sucumbiram à sua falta de compromisso com a população.
A tão decantada “reforma política” não terá efeitos sem uma mudança cultural. Um debate interessante na internet sobre “valor de rede e massa crítica” observa que “massa crítica não é o número de participantes de uma comunidade, mas sim, a quantidade de atividade entre seus membros, o número de interações durante um certo período, em que a partir daí, a quantidade de atividade cresce de forma natural. Por isso é muito importante contar com um grupo bem ativo, mesmo que pequeno, no início da construção de uma comunidade, para que a massa crítica seja atingida mais rapidamente”. Para a crise política nacional, mais que a mudança de leis, é bem vinda a “massa crítica” a partir de uma opinião pública mais atuante.
COMPORTAMENTO Montserrat Martins
Maurício Brusadin se despede do Partido Verde com o coração apertado
Novos Caminhos, Novos Horizontes
” Um poder que se serve ao invés de servir, é um poder que não serve” Mário Sérgio Cortella
Acabo de entregar minha desfiliação do Partido Verde após 18 anos de trabalho incessante, recheado de muitas alegrias, angústias e algumas tristezas. É uma decisão que jamais pensei um dia tomar. Nesse momento, não posso dizer que é esse o desfecho com o qual sonhava, mas quando minha alma perde o desejo de continuar, é inútil o corpo permanecer lutando.
Lembro-me, como se fosse hoje, da primeira atitude que tomei logo após pegar meu Título de eleitor: filiar-me ao PV. Daquele momento em diante acho que não teve um dia sequer de minha vida que não tenha pensado, falado ou discutido sobre a Política e o Partido, todas as minhas energias sempre estiveram voltadas para fazer de minha luta política uma trincheira do PV. Nele fiz meus melhores amigos, vivi minhas maiores alegrias, vivenciei minhas mais deliciosas vitórias e as mais tristes derrotas.
Muitos devem estar pensando que esta atitude se deve, em especial, às atitudes autoritárias tomadas pelo Presidente Nacional.É evidente que estas mesmas se tornaram uma variável importante para esta decisão, afinal onde não se tem liberdade para expressar o que se pensa, realmente as condições de convivência se tornam insuportáveis, mas somado a este fato, o que me força a tomar tal decisão está ligado à Crise de Intermediação por que passam os Partidos Políticos.
A crise no PV se insere no processo mais geral de declínio da importância dos partidos políticos os quais deixaram de ser mecanismos vivos, eficientes e legítimos de intermediação política. O pano de fundo deste debate é um processo de despolitização da política que acarreta uma crise de representação.
Uma política despolitizada, que se galvanizou num conjunto de pequenos arranjos, negociatas e com os militantes dos partidos à margem desse processo, é um mecanismo que funciona a serviço da conquista e da preservação de posições de poder.
Esta “crise da democracia” é visível quando avaliamos o declínio das relações de identificação entre representantes e representados que acredito culminará na mudança para um novo modelo político.
Deixaremos o velho modelo intermediado pelos Partidos, para a democracia das mídias sociais. Os partidos já perderam o monopólio da Intermediação, não é por acaso que todas as recentes marchas (Liberdade, mulheres, gente diferenciada) aconteceram sem que nenhum partido as mobilizasse, elas foram espontâneas.
Se olharmos a fundo as praças da Espanha, da Grécia, do Egito e de todos os outros movimentos que nasceram recentemente, perceberemos que o que os diferencia é o fato de não aceitarem “atravessadores” de suas demandas, eles querem se comunicar direto, sem intermediários, e isso nos mostra que os partidos deixaram de ser instrumentos para a canalização das principais demandas da humanidade.
Isso acontece principalmente porque os partidos se transformaram em “escritórios eleitorais” . Um pequeno grupo de burocrata comanda todos os filiados, a mobilização partidária só existe durante os períodos eleitorais, de preferência somente no dia da eleição, como já foi dito.
Temos partidos sem participantes, onde quem manda é o cacique, o dono da legenda, o comandante que decide o rumo coletivo baseado nos seus interesses pessoais. As bandeiras, a ideologia, o programa, nesse contexto, viraram instrumentos de “marketing”, e o que se propõe para a sociedade não se exercita internamente, a isso chamamos de fraude.
Nesses últimos meses, juntos com Marina fizemos um esforço descomunal para acelerar as mudanças internas de que o PV tanto precisa, pois é inadmissível um Partido com a plataforma para o século XXI ter instrumentos internos do século passado.
Acreditávamos que poderíamos ser a ferramenta nas mãos destas novas demandas, mas infelizmente interesses menores estão à frente destes desejos. Imaginar em plena revolução digital, quando os jovens opinam sobre tudo, que os filiados do PV não têm direito a voto, é um obscurantismo total e, para piorar o quadro, aqueles que colocam a cabeça para fora e manifestam sua opinião são expurgados.
Vivemos internamente uma cultura do medo, muitos pensam e desejam essas mudanças, porém a caneta opressora silencia as vozes de muita gente que quer e sonha com um Partido mais democrático, protagonista que não fica refém de qualquer governo, que não é um satélite que gravita em torno dos grandes partidos para ter acesso aos fundos públicos. Sei que muitos continuarão lutando e respeito a estratégia adotada, pois precisamos ser compreensivos com aqueles que, criticamente, irão permanecer sonhando que o PV um dia deixe de ser uma legenda e passe a ser um Partido. Para todos estes desejo boa sorte e tenho a certeza de que no futuro estaremos juntos novamente.
Quanto aos novos caminhos, gostaria de convidar a todos que ainda acreditam em utopias para participarem deste novo movimento que emergirá deste processo. O debate permanece aberto: o código florestal, as cidades sustentáveis, o perverso sistema eleitoral, a desigualdade social, a falta de investimento em capital humano e todos os dilemas que, apesar do avanço dos últimos dezesseis anos, ainda afligem boa parte dos cidadãos brasileiros.
Nesta semana voltei a ler “Os donos do Poder”, de Raymundo Faoro e, a cada página, percebia a sua atualidade, pois em nosso País uma minoria determina as peças orçamentárias, os percentuais de corrupção que tanto assolam as licitações e colocam em funcionamento as velhas máquinas partidárias que ainda funcionam a vapor e, conscientemente, trocaram os sonhos da militância pelo “doce” sabor do capital. Todos aqueles que desejam reaproximar a vida real desse Universo paralelo em que se tornou o mundo da política com o famoso toma lá da cá, tão desideologizado, participem, embarquem nessa grande nave movida à energia solar, plugada numa organização em rede, navegando nas ondas líquidas da era digital, onde o respeito, a diversidade, a pluralidade e a generosidade são valores inegociáveis.
Novas perguntas exigem novas respostas, seguiremos com o olhar no horizonte e com o desejo voltado ao sentimento de que ainda precisamos democratizar a democracia.
Um forte abraço
Maurício Brusadin
” Um poder que se serve ao invés de servir, é um poder que não serve” Mário Sérgio Cortella
Acabo de entregar minha desfiliação do Partido Verde após 18 anos de trabalho incessante, recheado de muitas alegrias, angústias e algumas tristezas. É uma decisão que jamais pensei um dia tomar. Nesse momento, não posso dizer que é esse o desfecho com o qual sonhava, mas quando minha alma perde o desejo de continuar, é inútil o corpo permanecer lutando.
Lembro-me, como se fosse hoje, da primeira atitude que tomei logo após pegar meu Título de eleitor: filiar-me ao PV. Daquele momento em diante acho que não teve um dia sequer de minha vida que não tenha pensado, falado ou discutido sobre a Política e o Partido, todas as minhas energias sempre estiveram voltadas para fazer de minha luta política uma trincheira do PV. Nele fiz meus melhores amigos, vivi minhas maiores alegrias, vivenciei minhas mais deliciosas vitórias e as mais tristes derrotas.
Muitos devem estar pensando que esta atitude se deve, em especial, às atitudes autoritárias tomadas pelo Presidente Nacional.É evidente que estas mesmas se tornaram uma variável importante para esta decisão, afinal onde não se tem liberdade para expressar o que se pensa, realmente as condições de convivência se tornam insuportáveis, mas somado a este fato, o que me força a tomar tal decisão está ligado à Crise de Intermediação por que passam os Partidos Políticos.
A crise no PV se insere no processo mais geral de declínio da importância dos partidos políticos os quais deixaram de ser mecanismos vivos, eficientes e legítimos de intermediação política. O pano de fundo deste debate é um processo de despolitização da política que acarreta uma crise de representação.
Uma política despolitizada, que se galvanizou num conjunto de pequenos arranjos, negociatas e com os militantes dos partidos à margem desse processo, é um mecanismo que funciona a serviço da conquista e da preservação de posições de poder.
Esta “crise da democracia” é visível quando avaliamos o declínio das relações de identificação entre representantes e representados que acredito culminará na mudança para um novo modelo político.
Deixaremos o velho modelo intermediado pelos Partidos, para a democracia das mídias sociais. Os partidos já perderam o monopólio da Intermediação, não é por acaso que todas as recentes marchas (Liberdade, mulheres, gente diferenciada) aconteceram sem que nenhum partido as mobilizasse, elas foram espontâneas.
Se olharmos a fundo as praças da Espanha, da Grécia, do Egito e de todos os outros movimentos que nasceram recentemente, perceberemos que o que os diferencia é o fato de não aceitarem “atravessadores” de suas demandas, eles querem se comunicar direto, sem intermediários, e isso nos mostra que os partidos deixaram de ser instrumentos para a canalização das principais demandas da humanidade.
Isso acontece principalmente porque os partidos se transformaram em “escritórios eleitorais” . Um pequeno grupo de burocrata comanda todos os filiados, a mobilização partidária só existe durante os períodos eleitorais, de preferência somente no dia da eleição, como já foi dito.
Temos partidos sem participantes, onde quem manda é o cacique, o dono da legenda, o comandante que decide o rumo coletivo baseado nos seus interesses pessoais. As bandeiras, a ideologia, o programa, nesse contexto, viraram instrumentos de “marketing”, e o que se propõe para a sociedade não se exercita internamente, a isso chamamos de fraude.
Nesses últimos meses, juntos com Marina fizemos um esforço descomunal para acelerar as mudanças internas de que o PV tanto precisa, pois é inadmissível um Partido com a plataforma para o século XXI ter instrumentos internos do século passado.
Acreditávamos que poderíamos ser a ferramenta nas mãos destas novas demandas, mas infelizmente interesses menores estão à frente destes desejos. Imaginar em plena revolução digital, quando os jovens opinam sobre tudo, que os filiados do PV não têm direito a voto, é um obscurantismo total e, para piorar o quadro, aqueles que colocam a cabeça para fora e manifestam sua opinião são expurgados.
Vivemos internamente uma cultura do medo, muitos pensam e desejam essas mudanças, porém a caneta opressora silencia as vozes de muita gente que quer e sonha com um Partido mais democrático, protagonista que não fica refém de qualquer governo, que não é um satélite que gravita em torno dos grandes partidos para ter acesso aos fundos públicos. Sei que muitos continuarão lutando e respeito a estratégia adotada, pois precisamos ser compreensivos com aqueles que, criticamente, irão permanecer sonhando que o PV um dia deixe de ser uma legenda e passe a ser um Partido. Para todos estes desejo boa sorte e tenho a certeza de que no futuro estaremos juntos novamente.
Quanto aos novos caminhos, gostaria de convidar a todos que ainda acreditam em utopias para participarem deste novo movimento que emergirá deste processo. O debate permanece aberto: o código florestal, as cidades sustentáveis, o perverso sistema eleitoral, a desigualdade social, a falta de investimento em capital humano e todos os dilemas que, apesar do avanço dos últimos dezesseis anos, ainda afligem boa parte dos cidadãos brasileiros.
Nesta semana voltei a ler “Os donos do Poder”, de Raymundo Faoro e, a cada página, percebia a sua atualidade, pois em nosso País uma minoria determina as peças orçamentárias, os percentuais de corrupção que tanto assolam as licitações e colocam em funcionamento as velhas máquinas partidárias que ainda funcionam a vapor e, conscientemente, trocaram os sonhos da militância pelo “doce” sabor do capital. Todos aqueles que desejam reaproximar a vida real desse Universo paralelo em que se tornou o mundo da política com o famoso toma lá da cá, tão desideologizado, participem, embarquem nessa grande nave movida à energia solar, plugada numa organização em rede, navegando nas ondas líquidas da era digital, onde o respeito, a diversidade, a pluralidade e a generosidade são valores inegociáveis.
Novas perguntas exigem novas respostas, seguiremos com o olhar no horizonte e com o desejo voltado ao sentimento de que ainda precisamos democratizar a democracia.
Um forte abraço
Maurício Brusadin
terça-feira, 5 de julho de 2011
Carta ao Presidente Nacional do PV
Ilustre Deputado José Luiz Penna
É com pesar que nos VERDES não entendemos como o senhor não entende a importância da MARINA SILVA para nossa legenda o quanto ganhamos com sua notoriedade, simpatia e simplicidade, além é claro da sua luta por sustentabilidade e transparência, podemos dizer que o PV existiu antes e depois da Marina Silva, não sabemos que rumo o PV tomara a partir de sua saída, mais uma coisa é certa Deputado Penna, é uma grande derrota para a democracia, saímos de um Grande Partido forte e com força para para sermos PRESIDENTE para sermos considerados fracos e sem futuro.
Nobre Deputado Penna, por esta falta de dialogo e por um estatuto super ultrapassado e fora da realidade DEMOCRÁTICA BRASILEIRA, esta atitude erronia de vossa parte em não ouvir a voz dos seus VERDES DE TODO O BRASIL, que participaram da transição democrática como uma maneira de expor nossos opiniões e pedir de forma democrática ao nosso Presidente que aceite as mudanças que se faz necessária para o crescimento do PARTIDO VERDE, infelizmente uma luta perdida !!
Deveríamos sim estar fortalecidos para 2012 falando sobre nossas propostas para o futuro das nossas cidades e preparando o terreno para 2014 onde certamente venceríamos a PRESIDÊNCIA DA REPUBLICA com a MARINA SILVA, fruto este que poderia ser de todos nos inclusive do senhor colocando em evidencia a luta VERDE.
Ilustre Deputado Penna e Presidente do PARTIDO VERDE, em um singelo pedido peço que o senhor levante a bandeira Branca, sente a mesa com o Grupo de Transição e aceite de imediato as propostas que não são apenas do grupo de transição mais sim de uma fatia grande dos VERDES DE TODO O BRASIL e peça que a MARINA SILVA fique !! Porque grande partes destes VEDES DE TODO O BRASIL, são filiados, Presidentes de executivas, candidatos e pré-candidatos para 2012 e nos trabalhamos muito para a MARINA SILVA 2010 e agora é a hora dela retribuir e trabalhar para nos EM 2012.
Sendo o que tinha para o momento renovo meus votos de estimas e consideração.
Marcos Taron
Pres. PV Gramado - RS
É com pesar que nos VERDES não entendemos como o senhor não entende a importância da MARINA SILVA para nossa legenda o quanto ganhamos com sua notoriedade, simpatia e simplicidade, além é claro da sua luta por sustentabilidade e transparência, podemos dizer que o PV existiu antes e depois da Marina Silva, não sabemos que rumo o PV tomara a partir de sua saída, mais uma coisa é certa Deputado Penna, é uma grande derrota para a democracia, saímos de um Grande Partido forte e com força para para sermos PRESIDENTE para sermos considerados fracos e sem futuro.
Nobre Deputado Penna, por esta falta de dialogo e por um estatuto super ultrapassado e fora da realidade DEMOCRÁTICA BRASILEIRA, esta atitude erronia de vossa parte em não ouvir a voz dos seus VERDES DE TODO O BRASIL, que participaram da transição democrática como uma maneira de expor nossos opiniões e pedir de forma democrática ao nosso Presidente que aceite as mudanças que se faz necessária para o crescimento do PARTIDO VERDE, infelizmente uma luta perdida !!
Deveríamos sim estar fortalecidos para 2012 falando sobre nossas propostas para o futuro das nossas cidades e preparando o terreno para 2014 onde certamente venceríamos a PRESIDÊNCIA DA REPUBLICA com a MARINA SILVA, fruto este que poderia ser de todos nos inclusive do senhor colocando em evidencia a luta VERDE.
Ilustre Deputado Penna e Presidente do PARTIDO VERDE, em um singelo pedido peço que o senhor levante a bandeira Branca, sente a mesa com o Grupo de Transição e aceite de imediato as propostas que não são apenas do grupo de transição mais sim de uma fatia grande dos VERDES DE TODO O BRASIL e peça que a MARINA SILVA fique !! Porque grande partes destes VEDES DE TODO O BRASIL, são filiados, Presidentes de executivas, candidatos e pré-candidatos para 2012 e nos trabalhamos muito para a MARINA SILVA 2010 e agora é a hora dela retribuir e trabalhar para nos EM 2012.
Sendo o que tinha para o momento renovo meus votos de estimas e consideração.
Marcos Taron
Pres. PV Gramado - RS
sábado, 2 de julho de 2011
PV de Campo Bom se posiciona quanto a quantidade de candeiras na Câmara de Vereadores
PV de Campo Bom apresenta posição referente ao número de vereadores para próxima legislatura na Câmara de Vereadores de Campo Bom
A sigla se posiciona pela manutenção das atuais 10 cadeiras existentes na Câmara. A posição foi apresentada pelo presidente municipal do PV Rogério Lavarda durante audiência pública nesta sexta-feira (01-07) na Câmara de Vereadores de Campo Bom
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