A senadora Marina Silva (PV-AC) propôs na sexta-feira que a Comissão Representativa do Congresso Nacional, que se reúne nesta semana (veja abaixo), crie uma comissão permanente de acompanhamento de desastres, como as enchentes que devastaram a Região Serrana do Rio de Janeiro, a capital e o interior de São Paulo, além de municípios de Minas Gerais e do Espírito Santo. Para a senadora, é importante que o Congresso preste sua contribuição às pessoas atingidas pelos desastres ambientais e apresente propostas que evitem catástrofes ou reduzam suas ocorrências.
Marina criticou a inexistência de medidas preventivas e a adoção de medidas provisórias emergenciais, que não trarão de volta as centenas de vidas levadas pela tragédia.
— O que é lamentável é que são tragédias anunciadas. Está-se naturalizando o descaso, tratando essas calamidades como se fossem fruto de algo natural — lamentou.
A solução, na opinião da senadora, está em ações integradas dos governos federal, estaduais e municipais, com a utilização de sistemas de alerta, elaboração de mapas de risco e mobilização da defesa civil, corpo de bombeiros e líderes comunitários. Marina sugeriu ainda que devem ser utilizados os meios tecnológicos disponíveis, como os computadores avançados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Marina Silva observa que alerta sobre mudança no clima foi dado na Rio-92O alerta sobre mudanças climáticas foi dado já na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, em 1992, lembrou.
— Nós temos que nos adaptar à natureza. A natureza não vai se adaptar a nós — comentou. Na sexta-feira, o senador Acir Gurgacz (PDT-RO) divulgou nota destacando a necessidade de atuação integrada dos governos para implementar mecanismos de prevenção.
— Cabe a nós analisarmos o problema a fundo. É inaceitável não termos estações funcionando para salvar vidas, mas termos de gastar milhões para reconstruir, indenizar e enterrar centenas de inocentes.
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