Meu trabalho enquanto Secretario de Finanças da Executiva Municipal de Porto Alegre, exige que eu faça algumas previsões, isso me eleva à condição de um bom administrador, mas não à condição de alguém que pode prever o futuro. No dia 28 de fevereiro de 2011, publiquei no Blog do PVRS,o artigo “Índice de Transição Verde“, que resumidamente alertava para a importância de se criar no Brasil um indicador capaz de acompanhar os investimentos realizados pelo setor privado em tecnologias verdes.
Sem saber, no instante em que escrevia o artigo, eu estava fazendo uma previsão de futuro, antecipando-me ao tema escolhido para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, -Rio + 20, que será:“ A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável “.
O debate que vem sendo realizado entre os países membros da ONU, desde a primeira conferência realizada em 1972 na cidade de Estocolmo, desta vez pretende destacar uma participação mais direta dos investimentos privados na realização do desenvolvimento sustentável. Em palestra realizada em dezembro de 2011, o Secretário Geral da ONU, o Sr. Ban Ki-moon, disse que: “as empresas serão fundamentais na promoção do desenvolvimento sustentável e que este, não depende somente de uma visão politica mas do desempenho das empresas privadas de forma à assegurar o desenvolvimento sustentável em todo o mundo, disse ainda que as parcerias público-privadas são um avanço na direção do Pacto Global e na manutenção de princípios universalmente aceitos em matéria de direitos humanos, sustentabilidade laboral, ambiental e luta contra a corrupção “.
Saindo do debate teórico e passando para a atuação prática, o fato é que atualmente a sustentabilidade é um diferencial de competitividade, principalmente sob o aspecto das certificações de qualidade,considerados na aquisição de produtos ou contratação de serviços, isto porque,os consumidores estão mais seletivos e exigem produtos e serviços ambientalmente corretos e economicamente viáveis.
Enxergar a sustentabilidade como um fator mais amplo, associado não somente ao meio ambiente, mas também às questões sociais e econômicas, será após a Rio + 20, um requisito básico para o sucesso do setor privado e condição para que empresasse tornem economicamente sólidas, socialmente corretas e ambientalmente responsáveis.
Júlio Faria Corrêa
Secretário de Finanças do PV POA RS
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